O papel da tutora na educação de crianças autistas:

os desafios encontrados no cotidiano escolar

  • Leticia Emanuele Aparecida Ornat FASF
  • Izabelle Cristina de Almeida Faculdade Sagrada Família
Palavras-chave: Tutora, Inclusão, criança autista

Resumo

Considerando o papel da tutora na educação de crianças autistas, o presente trabalho busca entender quais são os desafios encontrados pelas profissionais no cotidiano escolar. Ressalta-se a importância dela saber conhecer sobre o autismo e suas características, assim como a maneira como irá incluir a criança no ambiente escolar, buscar respostas, metodologias e propostas lúdicas. Dessa forma, é importante compreender como são acolhidas as tutoras pela equipe gestora e pedagógica da escola em suas dificuldades. Nesse contexto questiona-se: Quais são os desafios encontrados por elas no cotidiano escolar? Para responder tal problema, estabeleceu-se como objetivo geral: analisar as dificuldades enfrentadas em seu processo de aprendizagem no cotidiano escolar. Portanto, desdobram-se os seguintes objetivos específicos: a) identificar quem é profissional que trabalha com a criança com autismo no ambiente escolar e como ele é orientado neste processo; b) compreender como ocorre o processo de inclusão da criança com autismo no ambiente escolar; c) conhecer quais são os desafios encontrados pelas tutoras no contexto escolar. A pesquisa caracteriza-se: a) pesquisa exploratória; b) bibliográfica; c) participativa; que busca ser uma fonte de descobertas acerca do presente temático. Na pesquisa, qualitativa de cunho exploratório foram aplicados questionários de maneira online, através do software GoogleForms, com professores tutoras de instituições de ensino da rede privada do município de Ponta Grossa. Os resultados indicaram lacunas na formação inicial no que se refere à temática, a falta de formação continuada e de um apoio pedagógico necessário. Ressaltamos que é fundamental ter conhecimentos específicos e formação para que se possa trabalhar com a inclusão de forma efetiva para todos. Cabendo, assim, buscar profissionais formados que realmente compreendem a importância de incluir essa criança e a necessidade de uma colaboração mútua entre escola e família, para que o mesmo ocorra da melhor forma.

Referências

AMARAL, J. J. F. Como fazer uma pesquisa bibliográfica. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2007.
APPOLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
BAPTISTA, C. R. Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. 1 ed. Porto Alegre: Mediação, 2006.
BOSA, C. A. Autismo: atuais interpretações para antigas observações. In: BAPTISTA, Claúdio; BOSA, Cleonice (org.). Autismo e educação: atuais desafios. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 22-39.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 9.394/1996: promulgada em 20 de dezembro de 1996. Apresentação Carlos Roberto Jamil Cury. 7. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2007.
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em pedagogia, licenciatura. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº5/2005,13 de dezembro de 2005.
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em pedagogia, licenciatura. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº1/2006, 15 de maio de 2006.
CAMARGO, S. P. H.; BOSA, C. A. Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & Sociedade, Porto Alegre/RS, v. 21, n.1, p. 65-74, 2009.
CAMARGOS Jr, Walter et al. Transtornos Invasivos do desenvolvimento: 3º milênio. 3. ed. – Brasília: Secretária de Direitos Humanos. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2010.
CUNHA, E. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar. 5. ed. Rio de Janeiro, 2018.
FRANCO, M. A. Para um currículo de formação de pedagogos: indicativos. In: PIMENTA, Selma Garrido (org.) Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002
GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido. São Paulo: Editora Instituto Paulo Freire, 2011.
GATTI, B. A. Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, na última década. Revista Brasileira de Educação. v. 13, n. 37, jan/abr. 2008.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e incerteza. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é, por que é? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003 (Coleção: Cotidiano Escolar).
MORGADO, J. C. Diretrizes curriculares da pedagogia-um adeus à pedagogia e aos pedagogos? In: 12 ENDIPE, 2006, Pernambuco. Anais... Pernambuco: Universidade Federal de Pernambuco, 2007.
ORRÚ, S. E. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores unidade teoria e prática? 9. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2010.
PINTO, R. N. M et al. Autismo infantil: Impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Revista Gaúcha de Enfermagem, n. 37, v. 3, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/Qp39NxcyXWj6N6DfdWWDDrR/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15 jul. 2022
RODRIGUES, M. L., LIMENA, M. M. C. (Orgs.). Metodologias multidimensionais em Ciências Humanas. Brasília: Líber Livros Editora, 2006. 175p.
SASSAKI, R, K. Inclusão, o paradigma da próxima década. Mensagem, Brasília, v. 34, n. 83, p. 29, 1999
Publicado
2023-03-01